Muito popular nos Estados Unidos, o Roku, aparelho concorrente do Chromecast e Apple TV, está despontando no mercado com a sua expansão pelo universo de publicidade.
O Roku é um dispositivo de streaming de vídeo, que se destaca pela variedade de canais com conteúdo via internet. O aparelho permite acesso a serviços de streaming, aplicativos e canais por assinatura.
A empresa anunciou recentemente que sua receita de mídia e publicidade ultrapassou a de vendas de hardwares para TV’s conectadas, além de ter alcançado 27 milhões de contas ativas ao final de 2018.
Isso representa um crescimento de 40% em relação a 2017. Com as plataformas OTT cada vez mais populares, esse crescimento em publicidade também só tende a aumentar.
É esperado que o número de espectadores de vídeo OTT nos EUA aumente para 209,3 milhões em 2020. Em 2018, foram 199,9 milhões.
Mas a receita de anúncios superará em muito o crescimento dos espectadores: ela deve aumentar para mais de US $ 632,9 milhões em 2020.
O Roku começou sua expansão para o universo de vendas de anúncio em 2015 e hoje conta com dezenas de pessoas na área, de acordo com Scott Rosenberg, vice presidente do produto.
À medida que expandia seus negócios publicitários, a empresa firmava acordos com parceiros de medição como a Nielsen e fabricantes de TV como a TCL.
O Roku constrói parte de sua própria tecnologia de anúncios – incluindo sua plataforma de gerenciamento de dados (DMP) – mas ainda depende de fornecedores para veiculação de anúncios e compra de anúncios automatizada.
Quando os usuários assistem a conteúdos de publishers que suportam publicidade dentro do Roku, a plataforma pode acessar e vender inventário daquele publisher em troca de audiência.
Vamos explicar com um exemplo: se um usuário faz uma assinatura do Netflix por meio do Roku, uma parte da receita fica com a empresa
Em janeiro, a companhia anunciou que permitiria aos usuários assinar canais pagos, como Showtime e Starz, do próprio canal do Roku, permitindo que estes usuários pagassem por todos os serviços por meio de uma conta.
Este movimento torna o Roku Channel mais parecido com o OTT Amazon Prime Video, que permite aos usuários pagar por assinaturas de uma infinidade de canais.
Em junho de 2018, Roku lançou um marketplace que permite que os publishers usem os dados first party do dispositivo. A ideia é permitir que os publishers combinem seus póprios dados com os do Roku para ajudá-los a vender seus inventários na platafoma.
Quando um usuário acessa o Roku, ele é impactado por anúncios na homepage.
O Roku também faz sugestões de canais que os usuários deveriam baixar no device. Para fazer essa seleção, a empresa se baseia em escolhas editoriais e, claro, espaços comprados.
Em setembro de 2017, a companhia lançou seu próprio canal, o The Roku Channel. Assim consegue controlar 100% do inventário.
Assim como nas recomendações de canais, o Roku usa um mix de emails editoriais e pagos que são enviados aos usuários com sugestões de conteúdo.
Os publishers pagam o Roku para ter botões personalizados nos controles remoto que direcionam direto para suas páginas.
Fabricantes de TV como TCL, Sharp e Hitachi usam o software do Roku em seus produtos de TV conectadas. Os acordos têm mais a ver com a adoção do Roku e com o hábito de usar a plataforma do que com o dinheiro que a Roku faz com as parcerias.